A líder do PT, Gleisi Hoffmann, expressou críticas a Jair Bolsonaro por permanecer em silêncio durante seu depoimento à Polícia Federal no inquérito relacionado à trama golpista. Em sua declaração, Hoffmann destacou que Bolsonaro tentou evitar depoimentos na PF, alegando que ele ficou em silêncio por não ter argumentos diante das investigações. Em contraste, ela mencionou a postura de Lula, que, mesmo enfrentando limitações na defesa e arbitrariedades durante a Lava Jato, compareceu a todas as audiências, apresentando evidências de sua inocência.
A Operação Tempus Veritatis foi iniciada pela Polícia Federal este mês, visando obter mais detalhes sobre a suposta trama golpista e responsabilizar os envolvidos. A tentativa de ruptura institucional incluía a prisão de ministros do STF e do presidente do Senado. Generais e antigos assessores de Bolsonaro, como Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, foram alvos da operação, que também abrangeu ex-comandantes do Exército e da Marinha.
Destacou-se a recusa de Bolsonaro em responder às perguntas dos investigadores, contrastando com a postura do atual presidente da República. A narrativa destacou o caso de Lula em 2016, quando foi denunciado sem provas no processo do triplex em Guarujá e posteriormente condenado por Sergio Moro, que teve sua suspeição declarada pelo STF em 2021.
A matéria também relembrou os diálogos controversos entre Moro e procuradores da Lava Jato, revelados em 2019, que evidenciaram interferências na elaboração de denúncias. O STF autorizou uma investigação sobre as alegações de ilegalidades feitas pelo empresário Tony Garcia contra Moro, incluindo a acusação de instruções para comprometer a carreira de José Dirceu e gravações ilegais de Beto Richa. Garcia afirmou que Moro transformou "Curitiba na Guantánamo brasileira".