O general Richard Nunes, ex-secretário de Segurança durante a intervenção militar no Rio de Janeiro, expressou dúvidas sobre os resultados da investigação da Polícia Federal no caso Marielle, especialmente em relação ao envolvimento do delegado Rivaldo Barbosa, indicado por ele como chefe da Polícia Civil, e Giniton Lages, responsável pelo caso na Delegacia de Homicídios.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Nunes mencionou que tinha confiança de que Rivaldo e Giniton estavam progredindo na elucidação do crime, já que ambos conseguiram prender os executores Ronnie Lessa e Elcio Queiroz. "Isso é o que me deixa perplexo até agora. Se houve realmente uma procrastinação de cinco anos, não foi por parte de Rivaldo e Giniton. Porque eles, em apenas um ano, conseguiram prender os responsáveis", afirmou ele.
"Mas, após esse período, se passaram cinco anos? Contudo, isso ocorreu com uma estrutura diferente, com outras pessoas. Então, isso precisa ser considerado. Sinceramente, ainda não consegui entender completamente essa situação. Se os investigadores realmente não estavam dispostos a agir ou adiaram as investigações, então por que conseguiram chegar aos executores?", questionou Nunes.