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Moraes proíbe Bolsonaro de participar de eventos das Forças Armadas

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro do STF Alexandre de Moraes (Colagem)

Ao se depararem com a decisão de cinco páginas proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, que proíbe o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de participar de eventos das Forças Armadas, os aliados do ex-capitão interpretaram o texto como um indício de um "caminho sem volta" nas investigações do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo informações da coluna Radar, da revista Veja, os aliados basearam seu diagnóstico em um trecho específico da decisão de Moraes, que sugere uma predefinição da condenação do ex-chefe do Executivo:

“Os elementos probatórios colhidos nos autos trazem vasto relato de complexa e coordenada atuação de organização criminosa, direcionada a propósito que inviabilizaria a manutenção do arranjo político do país, por meio da adoção de medidas que estipulavam estratégias de subversão da ordem jurídico-constitucional e adoção de medidas extremas que culminaram na decretação de um Golpe de Estado, a ser consumado mediante atuação das Forças Armadas, tudo a fim de assegurar a permanência no poder do então presidente Jair Messias Bolsonaro”, afirmou Moraes.

A medida, datada de quinta-feira (7), abrange Bolsonaro e diversos militares, incluindo ex-ministros como Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Braga Netto (Casa Civil) e Paulo Sergio Nogueira (Defesa). Também foram intimados o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

Moraes determinou que os mencionados estão proibidos de participar de “cerimônias, festas ou homenagens realizadas no Ministério da Defesa, na Marinha, na Aeronáutica, no Exército e nas Polícias Militares”, estabelecendo uma multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento.

A investigação sobre as atividades golpistas está em curso na Polícia Federal (PF), e os investigadores preveem alguns meses para a conclusão do trabalho e a entrega de um relatório a Moraes. Posteriormente, a Procuradoria-Geral da República (PGR) analisará o relatório para decidir sobre uma possível denúncia ao STF, visando o processamento e, se necessário, a condenação dos envolvidos. A decisão de Moraes, segundo os aliados, parece indicar claramente o desfecho das investigações.

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