O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, ordenou que a Polícia Federal iniciasse uma investigação para verificar se o Deputado Federal Nikolas Ferreira (PL-MG) cometeu um crime de honra ao rotular o Presidente Lula (PT) como "ladrão".
A ordem do juiz responde a um pedido da Procuradoria-Geral da República, que aprovou a investigação no início de março. O prazo para a conclusão das investigações é de 60 dias.
Após essa fase, a Polícia Federal deverá submeter um relatório e, em seguida, a PGR decidirá se apresenta ou não uma acusação formal contra Nikolas.
Se a infração for confirmada no final do processo, o bolsonarista poderá ser condenado a seis meses de detenção ou ao pagamento de uma multa.
A investigação envolve declarações do parlamentar durante um evento realizado na Organização das Nações Unidas, em novembro passado.
Na ocasião, o bolsonarista afirmou que Lula era "um ladrão que deveria estar na prisão" e criticou o ator americano Leonardo DiCaprio por apoiar o petista nas eleições de 2022.
Após o incidente, o Diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, solicitou a abertura de uma investigação contra o deputado por crime de injúria.
Fux concordou com a posição do Ministério Público Federal de que Nikolas não pode usar a imunidade parlamentar para lançar ataques. Ele também argumentou que a abertura da investigação tem como objetivo "garantir o progresso regular das investigações".
O deputado, quando procurado pela reportagem, não fez comentários. O espaço continua disponível.